A desertificação é definida como processo de destruição do potencial produtivo da terra nas regiões de clima árido, semi-árido e sub-úmido seco. É o processo a partir do qual determinada área fértil transforma-se em deserto, podendo ocorrer naturalmente ou de forma artificial, pela ação predatória do homem. O problema vem sendo detectado desde os anos 30, nos Estados Unidos, quando intensos processos de destruição da vegetação e solos ocorreu no Meio Oeste americano.
A perda de produtividade do solo por causa do manejo inadequado das culturas, do uso excessivo de fertilizantes e da destruição da cobertura vegetal é responsável hoje pela desertificação de extensas áreas do globo. Cerca de 15% da superfície terrestre está sob risco de desertificação em algum grau. As áreas mais afetadas são o oeste da América do Sul, o nordeste do Brasil, o norte e o sul da África, o Oriente Médio, a Ásia Central, o noroeste da China, a Austrália e o sudoeste dos Estados Unidos.
A desertificação resulta da degradação do solo, que o torna estéril, e vem sendo provocada principalmente pelo homem, por meio do desmantamento de extensas áreas de floresta, da agropecuária intensiva e da mineração desordenada. Essas atividades destroem a cobertura vegetal natural do solo, contribuindo para o surgimento de terrenos arenosos, impermeáveis à absorção de água. Na década de 90, o manejo agrícola inadequado foi responsável pela degradação de 562 milhões de hectares de terra, ou seja, 38% do total da área plantada no mundo.
Parte dessa extensão de terra foi apenas levemente prejudicada pela erosão, mas uma fatia considerável ficou seriamente comprometida em sua capacidade produtiva. O esgotamento do solo em conseqüência da atividade humana predatória pode ser remediada, mas leva tempo e exige enormes recursos financeiros